Cuidado com o simulador do INSS! Ele pode mostrar informações erradas e prejudicar sua aposentadoria. Veja o caso real de uma cliente que perdeu mais de R$ 50 mil por confiar demais nessa ferramenta.
Introdução
Você já usou o simulador do INSS para saber quando vai se aposentar? Muita gente faz isso. A ideia parece boa: colocar seus dados, clicar em “simular” e descobrir se já pode dar entrada no benefício.
Mas e se eu te disser que esse simulador pode estar te enganando?
Hoje, vou contar o caso real de uma cliente que confiou no simulador do INSS, parou de contribuir por acreditar que já podia se aposentar… e acabou perdendo mais de R$ 50 mil em valores que nunca mais vai recuperar.
Esse artigo é um alerta. Se você está contando apenas com o simulador para planejar sua aposentadoria, talvez seja hora de repensar.
O que é o simulador do INSS?
O simulador do INSS é uma ferramenta gratuita oferecida pelo próprio Instituto Nacional do Seguro Social. Ele promete fazer uma prévia da sua situação previdenciária, indicando quando e por qual regra você pode se aposentar.
Você acessa o site ou o aplicativo “Meu INSS”, digita alguns dados ou usa os já registrados no sistema, e pronto: recebe uma estimativa de aposentadoria.
Parece simples, né?
O problema é que essa simplicidade pode esconder muitos erros — e foi isso que aconteceu com a minha cliente.
A confiança cega no simulador do INSS
A minha cliente, que vamos chamar aqui de Dona Maria, é um exemplo de muitas pessoas que acreditam que o resultado da simulação do INSS é definitivo.
Ela acessou o simulador, preencheu os dados e o sistema informou que ela já tinha direito à aposentadoria por idade. Feliz com a notícia, ela parou de contribuir.
Mas o que Dona Maria não sabia é que o simulador do INSS não leva em conta vários fatores importantes:
- Vínculos ausentes no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)
- Períodos especiais não computados
- Tempo de contribuição incompleto
- Carência insuficiente
- Erros no cadastro
Ou seja, o que parece ser uma conta exata, na verdade, pode estar bem errada.

O caso real: quando confiar no simulador do INSS virou um prejuízo
Dona Maria confiou no sistema e ficou 5 anos sem pagar o INSS. Durante esse tempo, achava que estava tudo certo, que já poderia se aposentar quando quisesse.
Mas quando finalmente foi dar entrada no benefício… surpresa!
O INSS recusou o pedido. Segundo o órgão, faltavam contribuições importantes para completar a carência exigida por lei.
Desesperada, ela procurou nossa ajuda. Fizemos uma análise detalhada do histórico previdenciário dela, e o que descobrimos foi chocante:
- Alguns períodos de trabalho não estavam no CNIS
- Ela não tinha os 180 meses de carência exigidos
- E ainda faltavam anos de contribuição
Mesmo que tentasse pagar esse tempo de forma retroativa, não conseguiria recuperar os valores perdidos nesses 5 anos parados, pois muitos pagamentos retroativos exigem comprovação do exercício da atividade — o que nem sempre é possível.
O resultado?
Um prejuízo de mais de R$ 50 mil em valores que ela deixou de receber por conta do atraso e um tempo perdido que não volta mais.
Por que o simulador do INSS é falho e enganoso?
Agora você pode estar se perguntando: “Mas por que o simulador erra tanto assim?”
A resposta é simples: o simulador usa os dados que estão no CNIS — e esse banco de dados nem sempre está completo.
Se houver qualquer erro no cadastro (e isso é mais comum do que parece), a simulação vai mostrar uma realidade que não existe.
Além disso, o próprio INSS desconsidera a simulação quando analisa o pedido formal. Ou seja: aquele resultado bonitinho que o simulador mostra não tem valor oficial. É apenas uma estimativa.
É como usar um mapa errado para viajar. Você até acha que está indo pelo caminho certo… até perceber que está perdido.
A diferença que um planejamento previdenciário faz
O que poderia ter evitado essa situação? Um planejamento previdenciário individualizado.
Dona Maria acreditou que o simulador era suficiente. Mas, se ela tivesse feito um planejamento com um profissional especializado antes de parar de contribuir, teria descoberto:
- O que estava faltando no seu histórico
- Como corrigir esses erros a tempo
- Quando realmente poderia se aposentar
- E como maximizar o valor da aposentadoria
Um bom planejamento olha para cada detalhe do seu histórico de trabalho e contribuição. Nada é deixado de fora. E com isso, você toma decisões seguras — com base na realidade, não em suposições.
O que você pode aprender com esse caso
Esse não é um caso isolado. Todos os dias, vejo pessoas que:
- Pararam de contribuir porque o simulador “disse que podia”
- Deram entrada no pedido e foram surpreendidas com a negativa
- Descobriram que tinham direito a uma aposentadoria melhor, mas já tinham feito escolhas erradas
- Estão perdendo dinheiro todo mês por não buscar orientação
É importante entender que previdência não é um assunto simples. Cada pessoa tem um histórico único. Por isso, confiar em ferramentas genéricas pode ser perigoso.
Como verificar se o seu CNIS está correto
Uma das formas de evitar problemas com o simulador do INSS é conferir o seu CNIS. Veja o passo a passo:
- Acesse o site meu.inss.gov.br
- Faça login com seu CPF e senha
- Clique em “Extrato de Contribuição (CNIS)”
- Verifique se todos os empregos e contribuições estão listados
- Veja se há períodos com “remuneração zero” ou “sem vínculo“
Se encontrar algo estranho, procure ajuda profissional. Um especialista pode te orientar sobre como corrigir ou complementar essas informações antes que elas virem um problema maior.
Simulador do INSS: quando usar (e quando NÃO usar)
Vamos deixar uma coisa clara: o simulador do INSS não é inútil. Ele pode ser um ponto de partida. Uma forma rápida de ver como estão seus dados.
Mas ele jamais deve ser usado como base para decisões importantes.
Use o simulador para ter uma ideia geral. Mas sempre confirme com um profissional antes de parar de contribuir, pedir aposentadoria ou tomar qualquer decisão definitiva.
O prejuízo invisível: o que muita gente não vê
Sabe o que é pior que perder dinheiro? Achar que está tudo certo e só descobrir depois que não estava.
Esse é o tipo de erro que não aparece na hora. Vai crescendo aos poucos, silenciosamente. E quando você percebe, já é tarde demais.
- Você perdeu tempo
- Perdeu valores que não podem mais ser recuperados
- E, em alguns casos, pode até comprometer a sua aposentadoria
Não vale a pena correr esse risco.
Planejamento é liberdade
Fazer um planejamento previdenciário pode parecer algo caro ou desnecessário à primeira vista.
Mas pense bem:
- Quanto custa uma aposentadoria negada?
- Quanto você pode perder por parar de contribuir na hora errada?
- E quanto vale a tranquilidade de saber que está no caminho certo?
Planejar é o que te dá liberdade para tomar decisões com clareza. É saber onde você está, o que falta e o que pode melhorar.
Conclusão: não confie só no simulador do INSS
A história da Dona Maria é real. E ela mostra o quanto confiar cegamente no simulador do INSS pode ser perigoso.
Ele é uma ferramenta limitada, que não leva em conta todas as variáveis do seu histórico. E o pior: não tem valor legal na hora do INSS analisar seu pedido.
Por isso, se você está pensando em se aposentar — ou já acredita que tem direito — não tome nenhuma decisão sem uma análise individualizada.
Você pode estar mais perto (ou mais longe) da aposentadoria do que imagina. Mas só vai saber com certeza depois de olhar com profundidade para o seu histórico.
E aí, vai arriscar o seu futuro por causa de uma simulação incompleta?
📌 Dica final:
Se você ainda não revisou seu CNIS ou nunca fez um planejamento previdenciário, faça isso agora mesmo. É o primeiro passo para garantir uma aposentadoria segura e sem surpresas.